terça-feira, 21 de julho de 2015

Transbordável

ao porto, 
real que fosse, quase que tudo, ódio se foice, 
aquilo contudo, tranquilo, ameno, sedento e profundo, transferível veneno, que parte do mais fundo, 
triglicerídeo, colesterol, 
o coração parou na veia, 
V E I A,
 a-r-t-é-r-i-a,
 sangue que pulsa dentro dele, dentro dela, no pulmão, pulmão sagrado, respira flores, resfria dores, dores murchas no jardim do Éden, dores cansáveis, cansáveis dores. 
Triglicerídeo, tritura, milho, arroz, milharal, seu pé caminha por eles, dentro do prato meu coração despetalado murcha, com um pouco de vinho, 
o ódio infla dentro do esôfago, mistura o ácido, ansiedade,
 sacanagem, bacanal, 
aquilo que era aquilo, era aquilo e não era contanto o tempo perdido do fazer,
 fazer que suga, que pulsa, que insegura menina em cima da ponte, 
sobe e escorre pela mãos  em cima do mar, 
fugiu, 
sumiu, 
bebeu, 
trepou, 
C
A
I  
U
.                                            

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