O Beija-flor, a Flor, o Botão e a Acerola.

Beijo beijo

Beija-flor

Beija a flor

Sua flor

Beijo beijo

Beija-flor

Beija a flor

Sua flor

Beijo beijo

Beijo amor

Beijo de cor

Beijo de céu

De tanto beijar

Se embalaram

Em uma cama

E surgiu um botão

Botão de flor

Flor de acerola

Que cai no chão

Colorindo nossa paixão

(Nathally Amariá)

Transmutação

     O que está em mim, está em você, e essa transmutação cósmica que subverte qualquer fator físico concreto, completa esse buraco negro que existe dentro de mim, esse buraco negro que faz meu estomago ferver e borbulhar de tanto te amar.

      Essa telepatia, apatia, sintonia que sentimos, nos completa como seres mágicos viventes em um grande espaço metafísico e quântico e sideral que faz com que nos comuniquemos mesmo não estando fisicamente perto. Porque não importa onde estejamos, sempre estaremos perto, sempre um dentro do outro, sempre queimando e ardendo feito lava que derrete a terra transformando tudo em uma gigantesca cratera de gelo. Gelo sim, o gelo, não somos frios feito gelo, mas temos essa resistência, insistência, transcendência em querer viver aquilo que é fantástico como um unicórnio cor de rosa andando pelas ruas da cidade.

        Nosso corpo, nossa pele, nossa temperatura, tudo se resume  em um átomo, um átomo denso, feito leite condensado que escorre pelas nossas bocas fazendo nossas vidas serem mais doce. E assim seguimos, juntos, alheios, sem meios, a esmo, esquecidos nesse mundo de caos. 

Imagem: Google

OFICENA em... Auto da Compadecida!

Nesse último domigo (17/11) o OFICENA (Curso Livre de Teatro de Cabo Frio) estreou "O Auto da Compadecida" de Ariano Suassuna. Direção de Ítalo Luiz Moreia e Jiddu Saldanha / Preparação Corporal: Gabriela Assumpção.

     "Auto da Compadecida! O julgamento de alguns canalhas, entre os quais um padre e um bispo para exercício da moralidade."

     E assim começa uma história de amizade, generosidade e dedicação, não estamos apenas falando da peça e sim de seu processo.

     Poder dividir e compartilhar momentos de alegria, desespero, entusiasmo, esperança etc, foi estupendo, digno de reconhecimento.

     Foi um processo longo, nosso querido 2013, foram horas de leitura de mesa, dinâmicas de improviso e madrugadas de ensaios.

     Agradeço aos alunos e aos nossos mestres por nos ter proporcionado momentos tão importantes e decisivos para nossa vida.

     Eu, Nathally Amariá, um ser humano que ama a arte e se expressa por ela, amo e sou o OFICENA.

  

 Um pouquinho sobre o OFICENA e sobre o Auto da Compadecia. 

Ensaio Geral (Nosso último passadão) 

Procissão

O Encourado e suas 3 faces (Kériun-Hapuk Andrav, Nathally Amariá e Vania Petra)

Segue um pequeno vídeo contando o processo e o resultado.


Vida longa ao nosso espetáculo, Vida longa ao OFICENA!

OFICENA

Um Varal e Um Coração

Eu vi e gostei do que vi

Gostei do que senti,

Gostei  

Assim como o vento

Dança com as roupas brancas

Do varal

Meu coração dançou

Quando sentiu o

Frescor do seu amor

(Nathally Amariá)

Rubi

(Autora: Nathally Amariá)

  

-Drama

Descrição dos personagens:

Rubi: Adolescente, sensual.

Diretor Bandeiras: Um homem de meia idade, charmoso, importante na sociedade.

Marta: Esposa do Diretor Bandeiras. Uma mulher linda, de classe.

Figurantes: Paparazzis

Cenário:

Escritório do Diretor Bandeiras; na escola onde trabalha e Rubi estuda.

Figurino:

Rubi: Saia azul de colegial, curta; blusa branca de botão; meias brancas longas e sapatos pretos.

Diretor Bandeiras: Terno escuro.

Marta: Saia preta, blusa branca e salto alto.

Cena única

Rubi chega na escola, toda sensual. Se dirige a sala do Diretor Bandeiras.

Rubi: Bom dia Diretor Bandeiras. (Ela senta de forma provocante)

Diretor Bandeiras: Menina, o que você está fazendo aqui? Eu já disse pra você nunca mais me procurar.

Rubi (com ar debochado): Agora você me diz isso né? Nosso final de semana foi maravilhoso e agora você me trata dessa maneira?

Diretor Bandeiras (irritado): Ora, sua filha do demônio, pare de me provocar. Eu já disse que isso tudo foi um erro.

Rubi: Foi por isso mesmo que acabei de enviar para sua esposa fotos nossa, fotos bem ‘calientes’ (gargalhada maliciosa). (Séria) Você acha o que? Que vai usar meu corpo e depois dizer que foi um erro? Comigo NÃO.

Diretor Bandeiras (muito irritado): Sua inconseqüente. Eu sou um homem importante, diretor da melhor escola de Alphaville, você não pode me denegrir. O que você quer de mim?

Rubi: Eu quero você.

Rubi se levanta, dá a volta na mesa e senta no colo do Diretor Bandeiras, e gruda sua boca na dele.

Diretor Bandeiras (Excitado e com raiva): Saia daqui. SUA MERETRIZ.

Na mesma hora, ele empurra Rubi, e ela vai ao chão.

Nesse momento, Marta, a esposa do Diretor Bandeiras, com sua beleza e frieza, entra na sala acompanhada de homens armados com câmeras. E os Flashes começam.

Rubi ri loucamente.

Diretor Bandeiras (Boquiaberto): Marta, o que fazes aqui? Estás louca? Queres acabar com minha carreira?

Diretor Bandeiras (Se dirige aos paparazzis): Saiam daqui seus infelizes. Saiam daqui.

Rubi se levanta.

Marta: Acertou queridinho. Quero acabar com você. Melhor, já acabei, seu crápula.

Marta vai em direção de Rubi e beija sua boca.

Diretor Bandeiras (Raivoso, grita): Nããããããão. Suas vadias do inferno!!

Fim          

                                                                            

Quero a Gente Assim

 (Autora: Nathally Amariá)

Quero  você aqui

Assim, agora

Quero você do seu jeito

Seus defeitos

Seus dramas

Quero te fazer  um cafuné

Abraçar sua alma

Sentir você em mim

Assim

Sem fim

Quero beijar seus beijos

Sua mão, seu pé

Me enroscar em seu pescoço

E ser sua mulher

Assim , só sua

Quero te proteger

De tudo e todos

Quero que deite sua cabeça

Em meu colo

E durma sem pensar em mais nada

  

Vamos voltar no tempo

Me convide pra flutuar novamente

Flutuarei contigo aqui, ali

Assim

Eternamente

Esses momentos são únicos

Então viva-os comigo

Intensamente

Assim

Nos nossos devaneios

Vamos pegar

Nossas bicicletas

E pedalar

Assim

Para o infinito

Quero você aqui

Assim, agora

Quero esse nosso jeito

Nossos risos

Assim, e mais nada me importa

(Marc Chagall, Romeo and Juliet, 1964)

Terceira Feira do Livro Infantil e Juvenil de Cabo Frio

A Terceira Feira do Livro Infantil e Juvenil de Cabo Frio, que teve início na segunda-feira (07/10/2013) e vai até sábado (12/10/2013) com muitas leituras dramatizadas, atividades e a gincana interescolar, é uma realização da Literarte, tendo como representante a escritora Izabelle Valladares. É uma feira que visa trazer e envolver as crianças com leitura, com a literatura. E foi um prazer poder participar desse lindo evento fazendo a leitura dramatizada de "A Biblioteca Encantada" de Deucélia Maciel, e "O Menino Maltrapilho e seu Cãozinho de Luxo" de Zeze Barcelos, com a atriz Nay Junqueira. 

Leitura do Livro A Biblioteca Encantada com
Nathally Amariá e Nay Junqueira

Nay Junqueira, Izabelle Valladares e Nathally
Amariá

Alunos das escolas da cidade que foram partipar do evento

O Descompasso do Meu Coração

Nathally Amariá

Os passos

d e s c o m p a s s a d o s

 do meu coração

 se resumem em ti

Ele está equalizado

em sua frequência,

 em nossa frequência

E assim eu sigo

cambaleando

descompassada(mente)

pelos meios fios

 das ruas escuras

E assim eu sigo

com meu coração

 batendo

descompassada(mente)

 por ti

Descompassos,

 compassos,

 meus passos,

nossos passos no infinito                                    .

Ouvindo Elvis e sentindo meu coração  d     n    a

                                                                  a     ç    r

                                                                          

Nosso Beijo

(Nathally Amariá)

Beijo

Seu beijo

Meu beijo

Beijo na mão

Beijo no pé

Beijo aqui

Beijo ali

Beijo na boca

Beijo molhado

Beijo escondido

Beijo com olhos,

Olhos que se beijam

No simples fato

De se encontrarem

No meio de

Uma multidão

Beijo com gosto

Gosto de desejo,

De saudade,

De amizade

Aquele beijo

Que queima nossa boca

Aquele beijo 

Que nos faz chegar ao ápice

Beijo que nos despe

Despe de moralidade,

De hipocrisia

Beijo que liberta

Que nos completa

Que nos eleva

Beijo que nos torna igual,

Que nos torna um

Beijo que me beija,

Que te beija, que beija qualquer um

Beijo que virou arte,

Virou poema.

Como não virar,

Se é da boca

Que saem as palavras

Que completam

O meu ser?!

Beijo, beijo, beijo

Nadaria um oceano

 Para lhe dar

Nosso ultimo beijo.

(Nathally Amariá)